Micronations
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A Lusofonia ou Lusofônia, ou Setor Lusófono, ou ainda Mundo Micronacional Lusófono é o conjunto das micronações cujo idioma principal é o português. O termo foi cunhado por Pedro Aguiar no final de 1998, quando já havia cerca de 10 micropaíses de língua portuguesa (incluindo Hráti, a primeira micronação lusófona não formada por brasileiros).

Por razões históricas (principalmente pelo fato de a primeira micronação latino-americana ter sido fundada no Rio de Janeiro), a imensa maioria dos micronacionalistas lusófonos é de origem brasileira no plano macronacional. Micronações habitadas por lusófonos em outros continentes incluem, entre outras, Pacífica, com maioria de participantes portugueses.

A Lusofonia tem várias particularidades em relação a outros grupos idiomáticos micronacionais, entre as quais podemos destacar:

  • a presença maciça de brasileiros, em detrimento de portugueses e outros povos lusófonos;
  • a não-originalidade dos nomes das micronações, cidades, histórias e dos símbolos nacionais, que na esmagadora maioria das vezes copiam nomes e símbolos de lugares macronacionais (contrastando com a originalidade na Anglofonia e na Francofonia, por exemplo);
  • a efemeridade de suas micronações, que em média duram menos de um ano e se extinguem;
  • a efemeridade dos laços de nacionalidade, com a freqüente emigração, repatriamento e mudança de cidadãos de um micropaís para outro;
  • a preferência pela política externa, por vezes negligenciando a política interna;
  • (mais...)

De acordo com Bruno Cava, "na tradução micronacional, Lusofonia representa o grupo de micronações falantes do português que compartilham de história e cultura semelhantes, também conhecido, genealogicamente, por Tronco Reunião-Portoclarense."

Trata-se um espaço de convivência supra-nacional, formado pelo desenvolvimento de eixos comuns de interação, moldando o sentimento de pertencer a algo além da própria micronação, numa identidade inicialmente fônica e, mais adiante e profundamente, cultural, num sentido amplo. Somente tornou-se viável com o advento da Internet, que reuniu no mesmo território micronacionalistas lusófonos, permitindo a interação mútua e regular. A Lusofonia, neste sentido traduzido, é o agrupamento mais ou menos coeso de micronações lusófonas derivadas, que de alguma forma remetem ou que são fortemente influenciadas, pelo micronacionalismo originário das antigas Reunião e Porto Claro. A Lusofonia enquanto espaço de coexistência somente se formou claramente a partir de 1998. Os agentes fundantes da Lusofonia, constituindo sua espinha dorsal, são, dentre outros: as listas distribuidoras de imprensa e os jornais conveniados, o Portal da Microland, o Prêmio Aruaque, a revista Laranja Mecânica, a Organização Latino-Americana de Micronações e a intensificação do turismo internacional. A partir de 2001, a influência de outras culturas micronacionais, o desenvolvimento de vertentes inovadoras e as crises em Reunião e Porto Claro, no núcleo da Lusofonia, causaram uma desagregação progressiva do setor, hoje sadiamente dividido numa multiplicidade de tendências.

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