Micronations
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PortoClaro bandeira 1999
Série
História de Porto Claro
Saga Portoclarense
Pré-História (...-1516)
Descobrimento (1516-1612)
Colonização (1612-1809)
Ocupação Portuguesa (1809-1817)
Século XIX (1817-1900)
Independência (1900)
Casa de Mesquita
Consolidação (1900-1946)
Modernização (1946-1985)
Estruturação (1985-1992)
História Factual
Criação de Porto Claro (1992)
Primeiro Governo Aguiar
Golpe de Porto Claro (1992)
Reação fabista (1992-1993)
Papelização (1993-1994)
Social-Nacionalismo (1994-1996)
Descoberta do Mundo Micronacional e Degelo (1996-1997)
Governo de União Nacional (1997)
Governo Carnevale (1997-1998)
Intentona Piranhesa (1997)
Revolução Restauradora (1998)
Governo McCaster (1998-1999)
Conspiração de Guisanburgo (1999)
Revolta Pirolista (1999)
Campanha pela Liberdade Religiosa (2000)
Plebiscito da Economia (2001)
Isolamento diplomático (2001-2002)
Desmicronacionalização (2002)
Por tópico
História militar
História diplomática
História cultural
Categoria: História de Porto Claro

A Papelização é um período da História de Porto Claro entre fevereiro de 1993 e julho de 1994, marcado pela substituição súbita dos cidadãos de carne-e-osso da Primeira Geração pelos bonecos de papel (paples) da Segunda Geração, bem como mudanças de ordem político-econômica no Reino.

Rearistocratização e Imigração[]

A partir do início de 1993, Porto Claro passa por uma transformação radical. Muitos imigrantes são atraídos pela prosperidade do Reino e eles vêm principalmente do Oriente: China e Egito. Tornam-se pequenos comerciantes, donos de lojinhas e menores estabelecimentos. Uma parcela significativa da população, então, é composta dessas pessoas. Um certo sentimento de racismo surge entre a alta aristocracia, mas é abafado.

Nessa época aparecem os primeiros líderes dessa aristocracia, que primeiro se posicionam como conservadores e mais tarde como sociais-democratas. Mário de Almirão é um deles. Obtém admiração, respeito e apoio do Rei Sérgio e acaba por convencer o monarca a mudar completamente sua política. O Estado passa a ser mais centralizado e cessa a política social. Até mesmo o próprio nome Sérgio muda: passa a ser Leonardo IV.

Almirão conseguiu casar sua filha Luísa de Almirão com o Príncipe Fábio Leonardo, entrando assim para a Família Real. Passou a ser o braço direito do rei, em substituição a Ferrari e Pires, e também influenciou-o. Agora no fim da vida, “Leonardo IV” cria a Polícia de Porto Claro, que antes não existia, e chega a estimular na corte um certo misticismo, com um “sacerdote” cabalístico que foi logo abolido após sua morte. Também é nessa época que aparece um jovem político chamado Pierre Lamarcq Jackson.

O clima de elite, corte, festas e bajulação já era total quando Sérgio morre, em meados de 1993.

Leonardo V e a Sociedade Civil[]

Durante o tempo em que ficou no Palácio Chifon, Mário de Almirão teve a oportunidade de acabar de educar seu genro e formar o caráter do príncipe. Assim Fábio pôde subir ao trono como pessoa cordata e “de bom coração”. Não quis usar seu nome verdadeiro e imitou o pai ao usar Leonardo V como nome de coroação. Prometeu dar continuidade à prosperidade, mantendo a ordem e a paz social.

Sua promessa, embora não totalmente, foi na base cumprida. Durante o reinado de aproximadamente um ano de Leonardo V, o Reino experimentou crescimento e estruturação interna muito bons. O rei deu muito incentivo à criação de instituições de pesquisa (como os institutos de ciência, paleologia, cartografia, estatísticas, museus...) e de defesa (investiu no exército e ressuscitou a Guarda Real). Foi um rei que procurou sempre o apoio de suas elites, da aristocracia que a essa altura era “dona do pedaço” para estabelecer seu poder. Para isso solicitava dela a ajuda que precisava, e em troca atendia aos interesses dos aristocratas. Essa relação de troca-de-favores ou jogo-de-interesses entre monarca e elite culminou na volta do parlamentarismo com o único propósito de entregar oficialmente o Governo a Mário de Almirão.

Incentivou as artes e a ciência, embora não a um nível muito alto. Fundou órgãos públicos e abriu espaço às empresas. É nessa fase que surge a Aguiar Corporations, fundada no exterior por Rodrigo Aguiar. No período de 1993/1994, as pequenas e médias empresas de Porto Claro obtiveram um crescimento tão elevado que chegaram a ameaçar essa elite, que tinha poder de influência, não de dinheiro. Esses “emergentes” que se beneficiavam com a prosperidade nacional eram, em boa maioria, os imigrantes orientais. Foi a partir daí que a aristocracia ficou com um certo medo. Almirão estava “liberalizando” o Estado, estimulando essas empresas.

Nascimento de Leonardo VI[]

Almirão já era duque e Lamarcq Jackson já era ministro quando nasceu o pequeno herdeiro do rei, o menino loirinho que foi batizado de Leonardo Luís Ivan Paulo Mário (Felisberto João Marcos Felipe Luciano) de Almirão Aguiar Coimbra Mesquita ou, como ficaria conhecido mais tarde, futuro Rei Leonardo VI.

Em 1994, a Rainha Luísa, filha do primeiro-ministro, ganha mais participação no cenário político e abre caminho para novas iniciativas, entre elas a nova organização da Guarda Real, que passa a ser uma grande força paramilitar. A figura que ganha mais destaque é a de Lamarcq Jackson. Por ser um político experiente, consegue a simpatia da Família Real e a admiração da aristocracia. Posa para o povo de “jovem brilhante e carismático”. Na verdade, provou ser fraco e manipulável, além de muito passional o tempo inteiro. A Rainha Luísa aproximou-se dele esperando incentivar sua carreira política, o que deu certo. Porém, ao centrar suas esperanças em Lamarcq Jackson, a Rainha parece ter-se esquecido do seu próprio filho.

O Príncipe Leonardo foi criado quase que só pelo avô, o Duque de Almirão. Quando o rei descobriu que poderia ter uma morte prematura, a educação do príncipe foi acelerada, de forma que ele poderia assumir precocemente o trono. Assim, formaram o rapaz como estadista, político, estrategista e até militar, mas “esqueceram” de (ou não priorizaram) passar a ele os conceitos humanísticos e sociais. A miséria, a fome, a pobreza, ele desconhecia. Deram ao príncipe um conceito de mundo elitista e extremamente conservador. Tendo em mente sempre a possibilidade de se fazer uma sucessão real às pressas, os tutores, chefiados pelo avô do herdeiro, formaram uma mente fechada, egocêntrica e cheia de ódios.

O cenário de fora do palácio, de que o príncipe então não estava a par, era dos orientais dominando as pequenas empresas, estrangeiros controlando o comércio e a aristocracia perdendo o lugar para “emergentes” e classe média. Buscavam agora no príncipe e no Governo uma resposta para suas reivindicações: a volta da supremacia aristocrática sobre a sociedade.

Enfim, em julho de 1994, Leonardo V morre subitamente, e o príncipe estava viajando em estudos. Conta-se um episódio de que a Rainha teria procurado um jovem para simbolizar seu filho na coroação, que deveria ser feita imediatamente para não interromper o processo político. Esse “substituto”, que acabou não sendo necessário, chamava-se Alfonso Damião e ser tornaria mais tarde primeiro-ministro.

Temos então no trono portoclarense o Rei Leonardo VI, o mais autocrático mas também o mais ativo rei de Porto Claro. Ele sim, tinha sangue de monarca, e executava sua função com vigor e dedicação. Porém, mais por seu temperamento agressivo e impiedoso, acabou comandando um dos fatos mais grotescos da nossa História.

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